1-Processo crime original
em que foram autora Dona Ignácia Maria da Silva Pereira e réus. Dr. Gabriel
Ploisquellec Fortes Bustamante e outros.
2-Dicionário Geográfico- Dr. Moreira Pinto. Imprensa Oficial Rio de Janeiro
1889.
3-"Eu Sei Tudo" - 15º ano- nº10 "Os Índios Boroenos e
Coroados".
4-"Anuário Estatísticos do Estado de Minas Gerais"1929.
5-“O malho” de 8-3-1934-nºXXII, Artigo Tipo e Curiosidades do Rio, no tempo do Império.
6-"Correio Mercantil” Diversos números.
Preâmbulo
Os
acontecimentos que vão desenrolar-se na leitura deste trabalho, a ficção de romance,
constituem, sobremodo, uma história pungente, onde surgem vultos portadores de
títulos fidalgais que prevalecem das posições para humilhar aqueles que
porventura procuram contrariá-los. É uma história escoimada de ficção, cor com
que os autores tingem as suas obras mudando-as de aspecto. Ela
é a expressão forte da verdade, bebida em documentos de valor.
A prepotência de uma
família poderosa que domina rincões da terra brasileira é afinal destruída pela
morte de um homem que sem força, a princípio, consegue cercar-se de uns cem
números de elementos de escol para, depois de morto, conseguir o brilho de
esplendores sonhados.
Esses acontecimentos
desenvolvem-se numa ocasião em que dois partidos- Conservador e Liberal- em renhida luta, dividem a alma do povo da
Vila de Rio Preto, ainda nos albores de sua vida autônoma, pois não fazem ainda
três anos que a Vila foi restabelecida, com a ascensão dos Conservadores. Esses que são agora senhores da situação,
com um prestígio forte diante dos Governos da província e do Império, desfrutam
todas as posições de mando, enquanto noutras esferas, os Liberais digladiam
suas armas disseminadas e enraizadas pelo Império, a fim de reconquistarem as
posições perdidas há bem pouco.
Ao sabor das injunções políticas,
Rio Preto tem atravessado fases diversas de sua vida administrativa. Os
Conservadores conseguiriam a elevação da localidade à Paróquia pela Resolução
de 14 de Julho de 1832; a Vila pela Lei Provincial número 271, de 15 de Abril
de 1844.
Com sua derrota, foi a
Vila suprimida pela Lei número 665, de 27 de Abril[1] de 1854.
Novamente restaurada pela Lei número 835, de 11 de Julho de 1857, com a
reconquista das posições perdidas pelos Conservadores.
-Os Conservadores conseguiriam a elevação da localidade à Paróquia pela
Resolução de 14 de Julho de 1832;
- à Vila, pela Lei Provincial número
271, de 15 de Abril de 1844.
- Com sua derrota, foi a Vila suprimida pela
Lei número 665, de 27 de Abril[2] de 1854. Novamente restaurada pela
Lei número 835, de 11 de Julho de 1857, com a reconquista das posições perdidas
pelos Conservadores.
Esses conhecendo que sua queda eminente avizinhava-se procuravam
suprimir a Vila. Os Liberais, sem forças, pois tinham um raio de ação muito
restrito, não conseguiram a sua instalação, constituindo-se assim, uma primazia
dos Conservadores, que, com sua ascensão, aos altos postos do Governo Imperial,
procuravam a instalação da Vila.
Assim, na móvel Vila de
Rio Preto, que conta com poucos anos de vida autônoma, em diversas fases,
ecoam, agora, com mais vigor, as trompas liberais e conservadoras, empolgando a
massa, dividindo-a, atirando-a em embates, constituindo assim, uma centelha do
prélio admirável que entusiasma as esferas políticas do Império.
Os Conservadores que,
nessa ocasião, desfrutavam as prerrogativas de um Ministério, são aqui
representados pelos Fortes. E, os Liberais por Manoel da Silva Pereira Júnior[3], português de origem que, como muitos de seus patrícios, rompe com os
Fortes, família numerosa, composta com portadores de títulos fidalgais, para
fundarem em Rio Preto, dentro de outros moldes, o partido Liberal.
E, o partido de Pereira
surge vigoroso, ameaçando destruir o prestígio formidável dos Fortes.
Local do
assassinato de Manoel da Silva Pereira Junior[4],
a Cava Grande, na divisa das terras de Eleutheria Claudina Fortes e Santa
Clara. Santa Rita de - MG
Capítulo I
A estrada Presidente Pedreira- Bom Jardim.
Ao alvorecer do século
passado, não havia caminho do vale do rio Preto que alcançasse a Zona do Campo.
[2]
O Partido Conservador foi fundado pelo mineiro Bernardo de Vasconcellos,
Ministro do Império, na Regência de Feijó.
[3]
Manoel da Silva Pereira Junior. (nome que aparece em documentos “Relatório
Conselheiro João Crispiniano Soares” em 16 de Julho de 1862). PÁGINA 08,
[4]
Encontrado em documentos oficiais “Manoel da Silva Pereira Júnior”. FHOAA 2009.
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