fazenda santa clara ...Ouro, café e gado de João honorio de Paula motta

Apoio ao documentário Santa Clara...Clareai., lançado a 14 de Abril de 2018 em Santa Clara. Santa Rita de Jacutinga-MG

domingo, 23 de junho de 2019

Falando em Sao Paulo, a fazenda de Antonio Joaquim Fortes de Bustamante.





Uso Anterior: Fazenda de café do Coronel Manoel Cardoso.

Histórico do Imóvel:
"   Coube a Antônio Joaquim Fortes de Bustamante, em 1817, iniciar a construção da sede da Fazenda São Paulo e a plantação de café.   
    Como muitos outros grandes senhores, Antônio Joaquim ajudou a comunidade, criou a Paróquia de Nosso Senhor dos Passos de Rio Preto (Resolução de 14 de julho de 1832) e procedeu aos atos de criação dos distritos de Rio Preto, Santa Rita de Jacutinga e Santa Bárbara do Monte Verde, localizados hoje no Estado de Minas Gerais.
    Casou-se com dona Orminda Constança Fortes, e dessa união nasceram Adriano Fortes de Bustamante e Antônio Fortes de Bustamante.
 Em 7 de maio de 1870, Antônio Joaquim Fortes de Bustamante vem a falecer.
 Os autos do Formal de Partilha permitem avaliar a grande riqueza acumulada pelo desembargador ao longo de sua vida. À época de sua morte, a fazenda contava com um cafezal de 550.000 pés, 400 alqueires de feijão e 300 de arroz, além de dispor de 176 escravos. O conjunto de construções em torno da casa-grande compreendia senzala, tulha, enfermaria para escravos, engenho para socar café e engenhos de cana e de farinha de mandioca, além de moinhos, alambique, estrebaria e paióis. Em 1915, depois de enfrentar muitas dificuldades decorrentes da abolição da escravatura, os herdeiros de Antônio Joaquim Fortes de Bustamante resolvem vender a fazenda. Esta foi adquirida por um grande empresário, o Coronel Manoel Cardoso, que se tornou um dos maiores produtores de café, proprietário de várias fazendas vizinhas como São Fernando, São Francisco e Capoeirão. Após a crise de 1929, também o Coronel começa a passar por dificuldades. Nessa ocasião, apóia a candidatura do Dr. Júlio Prestes à Presidência da República e associa-se à Companhia Magalhães, Cardoso e Ltda. Seis anos mais tarde, em 1935, a fazenda já pertencia somente à família Magalhães. Em 1990, a fazenda foi vendida para uma empresa cujos administradores vêm recuperando toda a construção da sede, que, inabitada desde 1915, perdeu parte de suas paredes e telhado".

Referências:




















































Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Valença, pesquisa de campo, texto do website www.valedocafe.com.br, com foto de Leila Vilela Alegrio.

Outras informações: A sede, um casarão construído no início do século XIX, caracteriza-se pela imponência e originalidade de suas janelas em estilo neogótico e de suas portas voltadas para os imensos terreiros de café, um dos quais se encontra, hoje, ajardinado. A área íntima da casa, no segundo pavimento, compreende vários quartos, salas, alcovas e uma capela, revelando a devoção de seus proprietários a São Paulo. Registra-se ainda um pequeno jardim interno em um pátio quadrado. Preserva além do Solar, o antigo engenho e tulha, que segue o mesmo estilo da sede, o engenho de cana, o antigo paiol, hoje transformado em baias, e terreiros".

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