fazenda santa clara ...Ouro, café e gado de João honorio de Paula motta

Apoio ao documentário Santa Clara...Clareai., lançado a 14 de Abril de 2018 em Santa Clara. Santa Rita de Jacutinga-MG

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Desmistificando Santa Clara.

 

Desmistificando Santa Clara. Parte 1

Várias vezes ,nos mais variados locais, tenho notícias da construção da Fazenda Santa Clara  no século XVIII.

 Comprovamos que a mesma só veio a aparecer no século XIX.

1-      Reconhecido como o construtor da Fazenda Santa Clara, em Santa Rita de Jacutinga MG, Francisco Dionísio Fortes Bustamante, sabe-se que o mesmo, aparece no cenário regional das áreas proibidas da Mantiqueira, após a desistência de seu irmão, Dr Luís, para a guardamoria de (vila) Rio Preto.

 Requer a concessão de provisão para essa guardamoria. É o Segundo Guarda-mor de (vila) Rio Preto. Data o calendário 10/02/1800.

 

 

2-      Nasce, Francisco Dionísio Fortes de Bustamante (segundo sua Certidão de nascimento) em São João del Rey, onde é batizado, em Outubro de 1766.

3-      Requer a guardamoria em 1800.

4-      Vai para Rio Preto ( Vila) com 1800-1766 com 34 anos.

5-      Falece 1º semestre de 1820 com   54 anos (  fonte de pesquisa: recibos ).

6-      Com o que é informado, em algumas reportagens, teria nascido pós-construção inicial de sua Fazenda Santa Clara.

No Inventário de Maria Leonarda, irmã de sua esposa, Maria Joaquina, diz em 1805, não poder ficar com seus sobrinhos e cria-los, por achar-se no sertão do rio (divisor) Preto, por conta de seus escravos. Não há noticias sobre a construção da Fazenda Santa Clara( oficialmente).

Museu Regional de São João del Rei

Tipo de Documento: Inventário

Ano: 1805/1806

Caixa: 420

Inventariada: Maria Leonarda da Silveira

Inventariante: Francisco Dionísio Fortes Bustamante (guarda mor)

Local: São João del Rei

Transcrito por Edriana Aparecida Nolasco a pedido de Regina Junqueira

fls. 01

Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Dona Maria Leonarda da Silveira de quem é testamenteiro e inventariante dos bens da mesma Francisco Dionísio Fortes de Bustamante

Data: 11-12-1805

Local: Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes em casas de residência do falecido Capitão João Peixoto do Amaral.

 

fls. 01v. - Declaração

E logo declarou o inventariante que a dita falecida testadora faleceu da vida presente em o primeiro dia do mês de Novembro do corrente ano de mil oitocentos e cinco com seu solene testamento (...).

fls. 01

Inventário dos bens que ficaram por falecimento de Dona Maria Leonarda da Silveira de quem é testamenteiro e inventariante dos bens do mesmo Francisco Dionísio Fortes de Bustamante

Data: 11-12-1805

Local: Vila de São João del Rei, Minas e Comarca do Rio das Mortes em casas de residência do falecido Capitão João Peixoto do Amaral.

 

Fls. 01v. - Declaração

E logo declarou o inventariante que a dita falecida testadora faleceu da vida presente em o primeiro dia do mês de Novembro do corrente ano de mil oitocentos e cinco com seu solene testamento (...).

fls. 12

Diz Francisco Dionísio Fortes de Bustamante, que foi nomeado por V. M. para tutor dos menores herdeiros de Dona Maria Leonarda da Silveira, de quem ele é testamenteiro, cuja tutoria não pode o suplicante aceitar por ser solteiro e viver sem família alguma, a reserva dos seus escravos por andar a maior parte do tempo em viagens, ora cuidando  nos seus negócios próprios, ora ocupado nas funções do ofício de Guarda Mor que ocupa, por não morar nesta vila aonde os ditos menores se acham, mas no sertão do Rio Preto; pelos não poder levar para lá, ainda que os quisesse, por falta de meios para os poder conter e instruir, e porquanto o Alferes Silvestre José de Carvalho é casado com uma parenta muito próxima dos ditos herdeiros, é estabelecido e tem boa capacidade e mesmo muita caridade para reger, governar e zelar os ditos menores e sua fazenda (...).

Antes de 1800/1805, não há possibilidades, até agora comprovadas de a Fazenda Santa Clara, na sua parte de sua época do ouro, ter sido construída.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

  Grávida de gêmeos, perde-os “ainda inocentes” Data: 08/01/1836. O que lhe causa imenso e prolongado sofrimento.

 Casada com seu primo, Francisco Thereziano Fortes, teve sua vida, pelo que conhecemos, marcada por fatos, que refletem a tristeza de seus olhos no retrato pintado, existente atualmente, no Salão Nobre da Fazenda de Santa Clara.

 Na Capela da Fazenda: Nossa Senhora segurando seu filho Jesus. Um misto de realidades deixam-nos confusos.

 - Perda de seus únicos filhos, não podendo mais gerar.

 Rica, poderosa, católica praticante, responsável pela continuação da construção da Matriz de Rio Preto, envolvida no crime de Manoel Pereira da Silva Junior. Fazenda Santa Clara. Santa Rita de Jacutinga. MG.( Fatima Helena Oliveira de Araujo e Araujo 159 Óleo de Rocha Fragoso. 1862)

. Matriz de Rio Preto, MG. Fazenda Santa Clara. Santa Rita de Jacutinga. MG. (Fatima Helena Oliveira de Araujo e Araujo 160

 Passando parte do meu tempo em observação desse enigma, que não nos deixou escritos sobre momentos de sua vida. Grandes fatos, marcaram essa vida. Procuro penetrar pelos labirintos de sua estrada na Terra. Encanta-me. Na capela da Fazenda de Santa Clara, onde busco respostas para meus anseios, passei um bom tempo a observando. Nas pinturas que se destacam no teto da dita Capela, inegavelmente seu rosto. Uma inexplicável atração levava-me a observar (o que foi feito com muita atenção, carinho e respeito).

 As imagens históricas começaram a surgir, como por encantamento, começaram a descrever-me uma parte do caminho que eu tanto procurava (Parecia-me querer dizer algo e eu não conseguia alcançar. Foram muitos os “Castigos”, mas creio ter chegado lá)! Observando seu corpo (repito: o rosto é inegavelmente o seu, mais jovem), ao segurar Jesus Cristo, representando Nossa Senhora; um monstro se esboça em seu corpo. Em seu seio (olhos) um nariz, bigode e boca. Ocupando a área dos seios ventre e genitália. Foi meu primeiro mapeamento visual. Por que então, ela achava o seu corpo, esse monstro? Por que se odiava tanto? O que pretendia perpetuar através dessa pintura? No início, deu-me certa insegurança, receio. Mostrava a alguns, que não percebiam o que eu havia delineado visualmente. Não conseguiam “ visualizar”. Com o tempo isso mudou! Parecia-me tão nítido! Começaram, aos poucos, a visualizar a, delinear o efeito que a mim foi destinado perceber. Fazenda Santa Clara. Santa Rita de Jacutinga. MG. Fatima Helena Oliveira de Araujo e Araujo 161 Felizmente! Mas, a impressão me dava, era que o dito desenho, muito feio, ainda representava algo mais. Durante um tempo pensei que se tratava de morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas, porque esse desenho, feio? Esse monstro? Foram idas incontáveis à Capela, tentando entender o que essa pintura queria transmitir. Um belo dia.... Fizemos a Missão Religiosa, na área rural da Fazenda. Rezamos em duas casas e quando realizamos a ultima oração, na Capela de Santa Clara, ao olhar descontraída para a pintura (surgiume), na imagem de Jesus Cristo, em seu peito a imagem retratada dos gêmeos que faleceram em estado “inocentes”. Mostra-nos a pintura, os meninos enrolados em uma manta. Ela não gerou mais; o que durante tempos, a atormentou. Penso. Na outra foto, o Comendador chorando lágrimas de sangue pela perda dos filhos! Como deve ter sofrido com essa perda! Justificava-se agora a pintura! Os meninos enrolados em uma manta” Data: 08/01/1836. Nome: gêmeos Antônio e Francisco. Ainda , pude observar um rosto, no ventre de Jesus, que parece-me ser do Comendador chorando “lágrimas de sangue”. Comecei a observar a segunda pintura, no teto da Capela. Ai, ficou mais fácil o entendimento: Criancinhas com asas. Em pares. Descobri esses fatos momentos antes de surgir uma excursão de São Paulo. Fazenda Santa Clara. Santa Rita de Jacutinga. MG. Fatima Helena Oliveira de Araujo e Araujo 162 Ao lado da figura central da capela, cujo rosto a retrata, abaixo da cintura, crianças com guirlanda de flores, corpo inteiro. Gestação e morte. Anjos nos céus! Com certeza , a pintura retrata algo mais. Com certeza, estarei observando. Toda pintura retrata uma história. Não tenho conhecimento de interpretações anteriores. Quanto a “autenticidade” da pintura da Capela, há dúvidas. Especialistas dizem não ser de José Maria Villaronga, pelo teor primário da mesma. Muitos não acham possibilidades da pintura com os fatos que descrevo. Mais, por maior que seja o voo de minha imaginação, a História de sua vida bate perfeitamente com sua perpetuação, através da pintura. Agora, aos que mostrei, conseguiram fazer o trabalho visual, vendo a história que vi !

Sobre os gêmeos natimortos de Francisco Thereziano Fortes e Maria Theresa de Sousa Fortes.

 Casada com seu primo Francisco Thereziano Fortes. Não deixaram descendência (Em Óbitos de Rio Preto, 1836 Folhas 07 Cemitério de Santa Clara. Data: 08/01/1836. Nome: gêmeos Antônio e Francisco. Livro: 1833-1848.



Sobre os gêmeos natimortos de Francisco Thereziano Fortes e Maria Theresa de Sousa Fortes.